Ontem, meus amigos tive o meu primeiro dia de aulas na University of Leeds! É verdade, eu e mais meu mundo naquela universidade enorme, de um lado para o outro numa correria tremenda.
Tinha aula de Contemporary American Writing às 10h, no entanto resolvi levantar-me às 7h30 para ter tempo de me arranjar e apanhar o autocarro. Às 9h já estava na universidade. Fui até ao Parkinson Building, mais precisamente ao Computer Cluster, pois precisava de imprimir umas informações que os professores tinham enviado para o e-mail. De seguida, dirigi-me ao Roger Stevens Theatre para tratar de saber onde ficava o anfiteatro onde ia ter aula. Após perguntar a uma série de gente onde se situava aquela confusão de letras e números escritos na minha página do caderno, lá fui ter ao anfiteatro. Ainda estava fechado, portanto decidi sentar-me nas escadas. Reparei que atrás de mim, à porta de um outro anfiteatro, se encontrava um rapaz negro, com cara de confuso (tal como eu!). Passados uns minutos, dirigiu-se a mim e perguntou-me the same old story: se aquela era realmente a sala dele. Eu lá sorri e disse que sim; ele sentou-se e conversamos um pouco. Ele tinha um nome estranho e era da Nigéria, tinha tirado a licenciatura no Texas e agora estava a fazer o mestrado em Leeds. Pouco tempo depois, um outro rapaz aproxima-se e perguntei se ia ter Comtemporary American Writing ao que ele me responde «yeah». Tratei logo de lhe perguntar o nome e se era inglês. Chama-se Billy Hands (Bill) e é de Cambridge. Estuda em Leeds porque como todos nós sabemos os ingleses têm o hábito (já quase uma tradição) de estudarem num sítio longe da zona que vivem com os pais (vá se lá saber porquê... eu que estou tão bem na minha casinha de Lourosa City). Bom, o professor lá chegou, apresentou-se como Jay Prosser (tratamo-lo por Jay) e lá falou dos objectivos da disciplina (bla bla...). De seguida tinha alemão, lá entrei na sala. Sessenta pessoas para terem alemão?! Isto em Portugal entraria para o Guinness. Enfim, lá me instalei , cheia de medo, rodeada de british people e eu a única estrangeira naquela sala. A professora entrou. Mas que professora simpática. Frau Helga Mitterbacher, assim é o nome desta austríaca, professora em Leeds há quatro anos. Lá começou a aula com revisões (pelos vistos já tinha sido professora daquela canalhada toda o ano passado). As revisões foram: o que é Sie, o que é tanzen, classifiquem einen... Perante isto pensei: estão a gozar comigo?! Bem, aquele alemão já eu tive no 10º ano. Fiquei maluca ao ouvir aqueles ingleses a falarem ou pelo menos a tentarem pronunciarem as palavras em alemão. Os R's nem existem e a pronúncia Oh my God! Já sabia que os ingleses não davam uma pá caixa no que respeita à aprendizagem de línguas mas... give me a break! Bom, acabada a aula de alemão, andei à toa à procura do English Office House 5 onde o seminar de Contemporary American Writing ia ser dado, ou melhor, já estava a decorrer, porque quando lá cheguei já um grupinho de alunos e o professor Jay se encontravam sentados à volta da mesa a discutir o famoso discurso de Martin Luther King. Lá me apresentei, colei um autocolante com o meu nome, e ouvi o que estavam a dizer. Lá dei a minha opinião (só para mostrar que os portugueses também entendem alguma coisa do assunto =p) e depois comecei a aborrecer-me com aquilo. Enquanto pensava que felizmente só tinha que aturar aquele professor à Segunda-Feira, reparei num parque para bebés dentro do gabinete onde estavamos. Quando olhei bem para aquilo reparei que lá dentro estava um cão a roer uma bola. Pensei: se já achava que era estranho ver a bicicleta da minha professora de alemão estacionada no gabinete dela da FLUP, o que poderia agora eu dizer de um professor que leva o cão para o seu gabinete? De facto, não podia dizer nem pensar nada, pois depressa me tive que juntar à turma se não ficava perdida.
Às 13h saio rápido do gabinete, fui à Students Union marcar a minha viagem para Lake District dia 1 de Novembro e fui à Ainsley's almoçar. Pedi um large sausage roll (massa folhada com uma salsinha lá metida) e um Oasis de laranja (o primeiro refrigerante que comprei desde que aqui estou). Guardei o almoço (não gosto de ver gente a comr na rua, feitos malucos de um lado para o outro) e fui apanhar o bus. Quando cheguei a casa o almoço ainda estava quentinho e tratei de o devorar. Vim para o quarto, vesti o fato de treino e joguei The Sims. Mais tarde falei com a mãe e o Ruizinho. Quando olhei pela janela já chovia. As ameaças do Inverno pareciam estar a começar e a minha cara era já de melancolia. Às 18h30 a mãe foi buscar o Di à escola e, por isso, paramos a conversa. Fiz um chocolate quente e voltei para o quarto. Falei com o Fábio e depois fui fazer o jantar (douradinhos com arroz para variar). Enquanto cozinhava, pensava que a primeira vez que tinha comido douradinhos tinha sido o Tiago a cozinha-los para nós os dois no Algarve. Ao pensar nisso, lembrei-me de lhe ligar e de contar a história dos fish fingers*. Combinamos que depois do jantar falariamos no Skype e assim foi! Nós e as webcam's em acção! Enfim, as saudades voltaram mas depois lá me comecei a distrair com os meus Sims. Mais tarde a net do Tiago falhou e continuei a falar com o Fábio, a minha «cunhadinha» Sílvia e a minha querida amiga Ju.
E assim foi um dia em grande como podem ver!!! Hoje cá estou para comentar a Terça-Feira.
Beijinhos**
*Fish Fingers - douradinhos
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